segunda-feira, 31 de maio de 2010


foto Liane Neves


Lida no doido afã!
Vamos! Investe, vai contra os moinhos de vento!
Um dia tú verás, que tudo é sombra vã,
Tênue fumo que a morte assopra num momento...
Espelho Mágico




Desconfia dos que não fumam: esses não tem vida interior, não tem sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar...
Sapato Florido

foto Liane Neves


As setas de ouro do teu riso inflige
Á sombra que te quer amedontrar.
Um canto muros erige:
Um riso os faz desabar.
Espelho Mágico



Um dia...pronto!...me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer que me importa?... O diabo
É deixar de viver
Espelho Mágico
VIRAÇÃO
Voa um par de andorinhas,  fazendo verão. E vem uma vontade de rasgar velhas cartas, velhos poemas, velhas contas recebidas.Vontade de mudar de camisa, por fora e por dentro...Vontade...para que esse pudor de certas palavras?...vontade de amar, simplesmente.
Sapato Florido

foto Liane Neves

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Foto Liane Neves

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Foto Liane Neves

[...]Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)


E talvez de meu repouso...
(fragmentos de O MAPA)
Foto Daniel de Andrade Simões

Pertencer a uma escola poética é o mesmo que
ser condenado à prisão perpétua.
(Caderno H)
Foto Liane Neves

Dizem que a História é a mestre da vida. Mas como é que
os seus protagonistas incorrem sempre nos mesmos erros?
Não lhes aproveitou em nada o exemplo de seus antecessores
reprovados.
É que lhes acontece talvez o mesmo que com os leitores de
novelas policiais: Cada um sonha com o crime perfeito. O
crime que compensa.
(Caderno H)
Foto Dulce Helfer

Sempre fui metafísico, só penso na morte, em Deus e em como
passar uma velhice confortável.
(Caderno H)
Foto Liane Neves

Com o tempo, não vamos ficando sozinhos apenas pelos que se foram:
vamos ficando sozinhos uns dos outros.
(Caderno H)
Quintana, 1976 - Foto Arquivo Zero Hora

Em 1983 o Hotel Majestic,em Porto Alegre, onde o poeta morou
de 1968 a 1980 passa a se chamar Casa da Cultura Mario Quintana.
Foto Dulce Helfer

Esse talento que te faz tão altaneiro
Não vem de tí, é um dom, como a beleza ou a graça.
Mais te orgulhe, se o tens, teu cavalo de raça...
Pois foi comprado com o teu dinheiro.
(Do verdadeiro Mérito - Espelho Mágico)
Foto Dulce Helfer


Em 1966 Quintana foi homenageado na Academia Brasileira de Letras por

Augusto Meyer e Manuel Bandeira.